uma mulher grávida deitada faz exame pré nata de ultrasonografia

Assim que você se descobre grávida, muitas dúvidas passam pela sua cabeça e, também, muitas medidas que devem ser tomadas, garantindo a sua saúde e do bebê. Entre um dos primeiros pontos está o agendamento da consulta pré-natal.

Essas consultas consistem na realização de diferentes exames que permitem o desenvolvimento saudável do bebê e reduz os riscos para a gestante, além de oferecer troca de informações e vivências para a futura mamãe, ajudando a prepará-la para o parto, puerpério e demais etapas.

Quer entender melhor como funciona o pré-natal? Siga a leitura!

O que é e como é feita a consulta pré-natal?

O pré-natal é uma série de medidas que visam o desenvolvimento saudável da gravidez. 

Ele é composto de consultas com médicos, exames e trocas de vivências, ajudando em todos os aspectos, como na saúde do bebê e da mamãe, no apoio psicológico e até nutricional.

O ideal é que o pré-natal inicie até mesmo antes da mãe engravidar, em torno de 1 a 2 meses antes, para aquelas mulheres que estão tentando o bebê.

Assim, a futura mamãe deve passar por uma consulta para entender as vitaminas que deve suplementar antes de engravidar, os medicamentos que poderá ou não tomar e até as mudanças de hábito necessárias para uma gestação saudável, além das vacinas obrigatórias.

Primeira consulta

Se você engravidou sem estar planejando, na primeira consulta do pré-natal receberá orientações gerais em relação à gravidez, como dicas nutricionais, medicamentos, vacinas e outras.

A partir da data da última menstruação, o médico, ainda, irá estimar o tempo de gravidez e fará um exame geral na mulher, avaliando a pressão e o peso, além de solicitar exames clínicos e de imagem, como o ultrassom, sendo este muito importante para confirmar a idade gestacional.

É importante envolver a família nas consultas do pré-natal. Por isso, se for possível, leve o seu parceiro ou outro membro da família que seja da sua confiança.

Quantas consultas pré-natal a gestante tem que fazer?

O recomendável é que sejam feitas, no mínimo, 6 consultas de pré-natal. Essa é a orientação tanto do Ministério da Saúde como da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Porém, se for possível, a gestante deverá estender suas consultas mensais até o 7º mês. A partir do 8º mês, com a aproximação do parto, as consultas podem ser semanais.

Isso, claro, considerando que a gestante não tenha nenhuma complicação. Em casos de diabetes gestacional, pressão alta ou outros problemas, o número de consultas no pré-natal deverá ser maior e indicado pelo médico responsável.

Como funciona o pré-natal no SUS?

O pré-natal é oferecido pelo SUS, em todo o território nacional, para todas as mulheres que desejarem fazer esse acompanhamento pela rede pública.

Após confirmar a gravidez, a mulher deve se dirigir à UBS mais próxima de sua casa, levando documento de identidade, comprovante de endereço e o exame Beta HCG positivo. Se você não tiver esse exame, poderá realizá-lo na própria UBS ou em qualquer hospital público.

Na primeira consulta, a mulher receberá a Caderneta da Gestante, com orientações e registros para serem feitos ao longo do pré-natal e também fará testes rápidos para HIV, sífilis e outras doenças, indicando se a gestação é de alto ou baixo risco.

Isso porque o SUS oferece dois tipos de acompanhamentos, com hospitais de referência para gestantes de alto risco.

Para as grávidas de baixo risco, o acompanhamento é feito alternadamente, a cada mês, por um médico e um enfermeiro. O intervalo entre as consultas depende de cada caso, sendo, geralmente, mensal até o sétimo mês e mais próximas a partir do oitavo mês.

Já se a gravidez for de alto risco, a mulher será, também, acompanhada por um médico especializado.

Neste momento, a gestante também poderá conhecer a maternidade onde será realizado o parto.

Por que é importante fazer o pré-natal?

As consultas do Pré-Natal são muito importantes, ajudando a prevenir ou detectar precocemente doenças da mãe e do bebê. Assim, os riscos da gravidez são menores e há mais chances de um desenvolvimento saudável da criança. 

Entre os principais benefícios trazidos pelo pré-natal estão:

  • Identificação de doenças que já estavam no organismo da mãe, mas que podem evoluir de forma silenciosa ou ser agravada com a gravidez, como pressão alta, diabetes, doenças cardíacas, anemias etc.;
  • Detectar precocemente problemas no feto, como má formações. Algumas, ao serem diagnosticadas logo no início, podem ser tratadas ainda no útero, proporcionando uma vida normal ao recém-nascido;
  • Avaliação da placenta, possibilitando tratamento adequado em caso de problemas, evitando, por exemplo, hemorragias que trazem sérios riscos à saúde da mãe;
  • Identificar precocemente a pré-eclâmpsia, ou seja, a pressão alta na grávida, que compromete a função renal e cerebral, podendo provocar convulsões e coma, sendo essa uma das principais causas de mortalidade de grávidas no Brasil;
  • Preparar a mulher para a maternidade, com informações sobre o parto e os cuidados com a criança;
  • Fornecer informações sobre hábitos de vida, estado nutricional e outros cuidados importantes na gravidez;
  • Orientar sobre uso de medicações que podem interferir na gravidez e no desenvolvimento do feto;
  • Oferecer assistência nutricional e psicológica à grávida, garantindo o bem-estar físico e mental dela e o adequado desenvolvimento do bebê.

Agora que você já sabe tudo sobre a consulta pré-natal, pode notar que ela é de suma importância e não deve ser negligenciada, não é mesmo? Aproveite e confira nosso conteúdo completo sobre os tipos de parto e dicas para escolher o ideal!

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