Mulher grávida sentada com a mão na barriga comendo uma maça

A alimentação é extremamente importante em todas as fases da vida e, ainda mais, durante a gestação.  Porém, também é comum surgirem dúvidas sobre o que a grávida não pode comer.

Ainda que muitas dessas “orientações” sejam rodeadas de mitos, outras são dicas bem importantes, capazes de melhorar a sua saúde e também do bebê.

Está curiosa? Então confira as informações que separamos!

Qual a importância da alimentação na gravidez?

Uma alimentação equilibrada é extremamente importante em todas as fases da vida e mais ainda durante a gestação.

Quando a grávida tem uma dieta saudável ela evita o ganho de peso excessivo e o desenvolvimento de problemas como a diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.

Além disso, evita o surgimento de anemias e carências nutricionais que podem afetar tanto a saúde da mãe, quanto do bebê.

Outro ponto essencial está relacionado ao pós-parto, garantindo boas reservas nutricionais para esse período e substrato para a amamentação, favorecendo a produção de leite e o retorno ao peso normal de antes da gravidez.

O que a grávida não pode comer?

Existem alguns alimentos que devem ser evitados pelas grávidas, pensando no bem-estar dela e também do bebê. Confira quais são eles.

Bebidas alcoólicas

Não há uma quantidade segura no consumo de bebidas alcoólicas pelas grávidas. O consumo pode trazer diversos problemas  relacionados ao desenvolvimento do bebê, como deformidades ósseas e articulares e  problemas cardíacos. Além de aumentar os riscos de parto prematuro.

Carnes cruas ou mal cozidas

As carnes cruas podem conter parasitas que causam a toxoplasmose, uma infecção que pode debilitar a gestante e ser transmitida ao bebê, por meio da placenta.

Nos fetos, a toxoplasmose pode ser tanto assintomática, como fatal, podendo ocasionar nascimento prematuro ou sequelas severas, sendo o primeiro trimestre da gravidez o período mais crítico.

Além da toxoplasmose, as carnes cruas também podem transmitir listeria, uma bactéria que favorece o parto prematuro ou o aborto.

Ovos crus

O ovo cru não é indicado devido ao risco de contaminação com salmonella, que pode causar uma infecção alimentar grave na gestante.

As mulheres grávidas acometidas pela salmonelose têm chances maiores de desenvolver complicações como bacteremia (presença de bactéria no sangue, podendo chegar a diferentes órgãos e sistemas) e síndrome de Reiter (inflamação das articulações).

Peixes e moluscos crus

Assim como os demais alimentos crus, os peixes e moluscos podem conter bactérias, vírus ou toxinas capazes de causar doenças sérias à mãe e ao feto.

Quando esses alimentos são assados ou cozidos, reduz-se a probabilidade de intoxicação ou de contrair doenças, porque as altas temperaturas matam esses microrganismos. 

Alimentos ultraprocessados

Esses alimentos aumentam o risco de ganho de peso gestacional excessivo, que pode contribuir para doenças como diabetes gestacional, pressão alta e pré-eclâmpsia. 

Estamos falando de refrigerantes, sucos em pó, macarrão instantâneo, salsicha, mortadela, calabresa e biscoitos recheados. Esses alimentos não são proibidos, mas devem ser consumidos com moderação.

Adoçantes

Os adoçantes artificiais, como ciclamato e sacarina, podem atravessar a placenta e estão relacionados à redução do peso da placenta e do bebê ao nascer.

Também não é indicado consumir folhas cruas de estévia, nem em infusão ou extratos, porque estudos sugerem efeitos reprodutivos e cardiovasculares.

Leites e queijos pastosos não pasteurizados

Os produtos lácteos não pasteurizados podem conter um número elevado de bactérias que causam infecções intestinais, diarréias e mal estar. Sempre prefira consumir leites pasteurizados ou UHT, que contam com tratamentos com alta temperatura para eliminar os microrganismos.

Evite também queijos pastosos como brie, camembert, gorgonzola e danish blue porque, quando não pasteurizados, podem conter a bactéria listeria, que, em casos graves, pode causar convulsões e meningite, afetando também o sistema nervoso do bebê.

Peixes com alto teor de mercúrio

Cavala, atum, peixe-espada, garoupa e cação contêm níveis elevados de mercúrio, que podem prejudicar o desenvolvimento adequado do sistema nervoso do feto.

Assim, prefira peixes como truta, sardinha, pescada, arenque, atum de viveiro e cavalinha que são mais seguros. 

Café e cafeína

O recomendado é que as grávidas consumam, no máximo, 200 mg de cafeína por dia. O equivalente a 1 a 2 xícaras de café. 

Alguns estudos mostram que o excesso de cafeína pode causar abortos, alterações congênitas, parto prematuro e baixo peso ao nascer.

O que a grávida deve comer?

Uma alimentação saudável e balanceada é a chave para uma gravidez mais tranquila e para evitar complicações com o feto.

Dentro do seu cardápio, existem alguns nutrientes que são ainda mais importantes e que precisam estar presentes, como:

  • Ferro: presente no feijão, carnes vermelhas, lentilha, brócolis e ovos. Ele ajuda a evitar a anemia durante a gestação;
  • Cálcio: é encontrado no gergelim, na sardinha, nas castanhas, nos leites e laticínios e nos vegetais verde escuros. Ele ajuda no desenvolvimento cardíaco e ósseo do feto;
  • Folato (ou ácido fólico): é encontrado nas verduras verde-escuras, leguminosas, amendoim, gema de ovo e frutas cítricas. Ele é essencial na formação do sistema nervoso do bebê. Além da alimentação, é comum que a grávida tenha de repor ácido fólico para evitar malformações;
  • Vitamina C: presente em frutas amarelas, laranjas e vermelhas, ajuda na absorção do ferro pelo organismo.

Além desses, outros alimentos que podem (e devem) estar presentes na sua dieta são:

  • abacate, azeite de oliva extra virgem, frutas secas, nozes, chia e semente de linhaça (ricos em ômega 3);
  • feijão, amendoim, castanhas de caju e do Pará (ricas em zinco);
  • carne vermelha e ovos (ricos em B12);
  • cereais, batata, fruta, pães e arroz (boas fontes de carboidrato).

É claro que, para saber exatamente o que você pode ou não pode comer, é essencial ter o acompanhamento médico e nutricional, entendendo as suas necessidades e suplementando as vitaminas que forem indicadas para o seu caso.

Agora que você já sabe o que a grávida não pode comer, que tal descobrir os principais tipos de parto e ver algumas dicas de como escolher o ideal? Leia nosso conteúdo completo sobre o tema!

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