Três mulheres segurando crianças no colo

A rede de apoio materno é fundamental para ajudar a mãe nos primeiros meses depois da chegada do bebê e também ao longo do desenvolvimento da criança.

Afinal, é normal que a vida dos pais acabe se transformando totalmente com a chegada do recém-nascido. E, neste momento, sempre será necessário contar com um suporte, ajudando nos cuidados tanto da mãe, como do bebê.

Entenda melhor o que é e como construir uma rede de apoio materno!

O que é a rede de apoio materno?

A rede de apoio materno é formada por um grupo de pessoas que apoiam a mãe e, eventualmente, também o pai, ajudando no processo de criação da criança.

A atuação da rede de apoio vai além de simplesmente cuidar do bebê em algumas ocasiões para os pais. 

Ela também fornece suporte para as eventuais dúvidas que possam surgir e também os cuidados com a mãe, especialmente no puerpério, que pode ser uma fase difícil para muitas mulheres.

É com essas pessoas que a mãe poderá compartilhar dúvidas, medos, histórias, depoimentos e outras questões inerentes à maternidade e também ao universo feminino.

Qual a importância da rede de apoio materno?

A rede de apoio materno é muito importante. Afinal, a maternidade traz uma série de desafios e dificuldades, como questões relacionadas à amamentação, mudanças no corpo, alterações hormonais e muitos outros pontos.

Esse também é o espaço  que propicia à mãe não se esquecer do seu lado pessoal, sendo incentivada a continuar com os demais aspectos da sua vida, como profissional, amiga, filha etc.

O grande benefício da rede de apoio é mostrar à mamãe que ela não está sozinha na jornada. Além disso, ao ter essas pessoas próximas, a rede também traz benefícios para a criança e para a família em si.

Entre eles podemos citar:

  • mãe se torna mais segura, podendo cuidar de si mesma e se sentindo mais acolhida nas suas dúvidas e inseguranças;
  • redução do risco de depressão pós-parto, porque a mãe não fica tão sobrecarregada com todas as questões referentes à maternidade;
  • aumento da conexão com o bebê, já que a rede de apoio poderá oferecer suporte em outras questões práticas, como os cuidados com a casa;
  • sensação de pertencimento, fazendo com que a mãe também se sinta mulher e que faz parte de um círculo social;
  • auxílio especialmente no caso das mães solo, garantindo que, apesar de não ter o parceiro, ela terá o suporte necessário;
  • oferece uma referência alternativa de adulto ao bebê, que não seja apenas a figura da mãe e do pai;
  • permite um rompimento saudável do cordão umbilical psicológico entre bebê e mãe.

Quem faz parte da rede de apoio?

As pessoas com quem você se sente bem podem fazer parte da sua rede de apoio. Embora os familiares sejam os mais usuais, eles não precisam, necessariamente, fazer parte, caso não sejam presentes na sua vida.

Nesse caso, amigos próximos são os mais indicados. O importante é conversar com as pessoas que você tem intimidade e sinalizar que precisa de ajuda

Não é incomum que algumas pessoas acabem não ajudando por terem medo de estarem se intrometendo ou de passarem dos limites. Por isso, se você quer montar uma rede de apoio, converse com essas pessoas e fale abertamente sobre suas necessidades.

Lembre-se que pai não é rede de apoio. Afinal, ele também tem responsabilidade na criação da criança, independentemente de estar ou não casado com a mãe. O pai precisa cumprir sua função e, por isso, não entra nessa rede.

Alguns dos membros que costumam estar presentes em uma rede de apoio materno são:

  • Avós, as avós acabam não sendo apenas uma rede de apoio para a criança, mas, especialmente, para a mãe, que agora está se descobrindo, experienciando e passando por uma momento que elas já passara. 
  • Tios, ajudando a estabelecer o vínculo familiar com a criança. Além disso, a cumplicidade da relação de irmãos costuma ser elevada a outro nível quando eles se tornam pais;
  • Vizinhos, especialmente aqueles com bom nível de amizade e intimidade, oferecendo ajuda de última hora, em emergências e também no desenvolvimento da relação social da criança com o entorno;
  • Amigos, tanto os amigos com, como também os sem filhos, oferecendo um suporte diferente do familiar, especialmente no que tange às necessidades da mulher;
  • Grupos de apoio, até mesmo os online, oferecendo informações, permitindo compartilhar histórias e experiências parecidas;
  • Terapeutas e psicólogos, dependendo do momento, pode ser necessário contar com apoio profissional, especialmente caso você esteja enfrentando uma depressão pós-parto.

 

Como construir uma rede de apoio materno?

Ainda existe muito preconceito de que a mãe precisa suportar tudo. Ou, pior, de que a maternidade é feita apenas de bons momentos, mas não é bem assim. 

Não tenha medo de pedir ajuda. Esse é o primeiro caminho para conseguir criar uma boa rede de apoio.

Converse com as pessoas próximas, delimite os pontos importantes sobre a criação dos seus filhos e explique em quais áreas você sente que precisa de ajuda. 

Se você sentir que precisa de uma ajuda mais direcionada, poderá contar com um psicólogo. Os grupos online também ajudam bastante na hora de garantir esse suporte. Especialmente caso você seja uma mãe solo ou não conte com uma rede de apoio.

Nesse caso, é possível trocar experiências, tirar dúvidas e conhecer outras mulheres que estão enfrentando situações parecidas com a sua, ajudando a se fortalecer mutuamente.

Como fazer parte de uma rede de apoio materno?

Você quer fazer parte de uma rede de apoio materno, mas ainda se sente um pouco inseguro? Separamos algumas dicas importantes. Confira:

  • Ofereça ajuda: infelizmente, muitas mulheres ainda têm a crença de que precisam “dar conta de tudo” ou que devem se dedicar exclusivamente à maternidade. Se você é íntimo dessa mãe, ofereça a sua ajuda, por exemplo para auxiliar nos cuidados com o bebê, com a casa ou com o que ela estiver precisando no momento;
  • Saiba ouvir mais: ao invés de tentar impor e ditar regras de como a mãe deve cuidar do seu filho, escute o que essa mulher tem para dizer. Seja um ombro amigo, permita que ela desabafe e, se for o caso, dê conselhos;
  • Não julgue: a maternidade é um período de muitas transformações físicas, emocionais, sociais, hormonais e muitas outras. Ao invés de julgar, ofereça para ouvir e apoiar essa mãe;
  • Demonstre interesse: se você acha que ao oferecer ajuda estará “invadindo” demais a privacidade da mãe, demonstre interesse em participar da rotina dos pais. Coloque-se à disposição para ajudar sempre que for necessário.

O que não fazer

Assim como as dicas do que fazer, também existem as recomendações do que você deve evitar ao fazer parte de uma rede de apoio materno. Como:

  • interferir na rotina da família. Respeite os horários e a forma como a família funciona. Com o tempo, eles vão se ajustando e criando rotinas;
  • impor sua forma de criação como a única correta. Cada criança é única, por isso, somente traga suas experiências e opiniões quando elas forem solicitadas;
  • trazer visitas para o bebê ou para a mãe sem a permissão dela, afinal você não tem liberdade para fazer o que quer como se aquela criança fosse seu filho;
  • questionar a mãe sobre o profissional de saúde da confiança dela ou decisões sobre a criação da criança. Saiba ouvir e respeite as decisões da mãe.

Agora você já sabe tudo sobre rede de apoio materno? Aproveite e confira nossas 8 dicas de presentes para mães de primeira viagem!

Deixe uma resposta